Acompanhamento de Orbitopatia Degraves

Acompanhamento de Orbitopatia Degraves

A orbitpatia de Graves é uma doença auto-imune que afeta os músculos extra-oculares e a gordura orbitária. 

O fato de ser uma doença auto-imune significa que o corpo produz anticorpos  contra as próprias células do corpo, que no caso, são os auto-anticorpos IgG que se conectam aos receptores de TSH (que corresponde ao principal auto-antígneo da doença de Graves), e estimulam a secreção de hormônios tireoidianos de forma descontrolada.

A alteração da órbita pode ocorrer na vigência de hipertireoisimo (produção aumentada de hormônios tireoidianos), hiotireoidimos (produção baixa de hormônios tireoidianos), ou com os marcadores de tireoide dentro da normalidade. 

 Geralmente festa pessoas de meia idade, sendo mais comum em mulheres. Costuma ter acometimento bilateral e assimétrico. 

As manifestações clínicas são:

– Retração Palpebral: Sinal mais comum. Corresponde a 90% dos casos. Acomete mais as pálpebras superiores.

– Proptose: Segundo sinal mais comum. Ocorre quando o olho é protuso. Essa protusão é medida em milímetros através do Exoftalmometro.

– Estrabismo. Corresponde a cerca de 42% dos casos. Pode gerar diplopia (visão dupla)

– Neuropatia Óptica: Ocorre por compressão do Nervo Óptico.

A evolução é muito variável, mas geralmente inicialmente há uma fase de “atividade” da doença, na qual temos sinais de inflamação ocular. Em 90% dos casos, há remissão dessa fase em 3 anos, evoluindo para a fase inativa. Nessa fase há a cicatrização dos tecidos, restando apenas as sequelas. 

O tratamento da fase ativa engloba o uso de corticoesteroides via oral ou endovenoso, radioterapia e/ou anticorpos monoclonais. Não indicato realizar tratamento cirúrgico definitivo nesse período, já que ainda pode ocorrer alterações orbitárias até a fase cicatricial.  Já a fase inativa é o momento ideal para realizar cirurgias reparadora e estética, com alto índice de sucesso.